Manzoni (Zurich)

Ostra Plana de Belon e Ostra Fine de Claire. Ao natural, com umas gotas de limão. A frescura de um produto elevada ao máximo.
Voga Pinot Grigio Frisante. Até o vinho vem em modo fashion.
Almôndega recheada com tomates e pimentos, e Lasagna de Espinafres.
Coq au Vin com Caponata. Caponata é a prima italiana da famosa Ratatouille.
Regresso a Zurique numa noite gelada. Com três graus negativos, há lá coisa melhor que uma hype party mediterrânica na zona mais quente (menos fria) da cidade?
O velhinho e conservador St Gothard Hotel rendeu-se à modernidade e decidiu atrair novos públicos, numa experiência com sotaque italiano mas por onde passam outras referências latinas, vale tudo para aquecer o coração frio do “exército” financeiro de Zurique. O bar Manzoni trouxe à baixa da cidade sabores e aromas italianos, mas também ritmos latinos dançáveis. Às terças e quintas, as noites de referência do Manzoni, ainda há um serviço de buffet para aquecer mais o ambiente. Este é decididamente o novo lugar da moda na cidade.
Há acasos na vida que inesperadamente nos fazem criar uma relação improvável com uma cidade. E digo improvável, porque Zurique não será a primeira cidade que nos lembramos de visitar quando escolhemos um destino. É fria de todos os modos e feitios, e não tem de todo uma atmosfera e uma cultura com que nos identifiquemos facilmente.
Mas então porquê voltar? Primeiro, e sobretudo, porque lá tenho bons amigos. Segundo, porque a sua localização geográfica é privilegiada. A uma hora de Berna e da Alsácia, a duas da Baviera e do Lago di Como, e somente a três das Côte du Rhone e Lombardia, torna-se uma “base” perfeita para partir à descoberta destes e de muitos outros pontos de interesse. Mesmo Paris, Veneza ou Florença, não estão a mais de seis horas. E se isto não bastasse acrescente-se o facto de ser uma cidade com a melhor qualidade de vida da Europa (actualmente a segunda melhor, atrás de Viena, creio) e ainda ter uma importante, para muitos desconhecida, tradição vinícola, ao ponto de existir uma significativa produção de vinho dentro da malha urbana da mesma. Infelizmente o tempo não estica, e ainda não foi desta que explorei convenientemente as quintas da região, mas pelo menos desta vez consegui provar vários vinhos de diferentes regiões da Suíça, e até fiquei com excelente impressão de alguns dos brancos que provei.
Como se pode ver, esta vinda nada teve a ver com o facto do Benfica jogar em Estugarda por esta altura. Coincidências 🙂
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