Monsaraz (Reguengos de Monsaraz, Alentejo)

Xarez, Rua de Santiago 33, Tel: 266 557 052

Amieira Marina, Portel, Tel: 266 611 173

Casa Pinto, Praça D. Nuno Álvares Pereira 10, Tel: 266 557 076 (Publicação em nome próprio para breve).

O sonho do Sr Francês. De trocar a cidade luz por uma mercearia em Monsaraz.

Ao visitar Monsaraz percebe-se facilmente o porquê de muitos chegarem e já não partirem. É um lugar de atracção imediata, de amor à primeira vista, onde a cintura de muralhas, as casas irrepreensivelmente conservadas e a paisagem trazida pelo Guadiana a unir-se ao grande lago do Alqueva, nos deixa parados no tempo.

Cruzar a Porta da Vila é entrar numa viagem por tempos medievais, tempos de muitas conquistas e reconquistas, por um lugar onde a sua localização altaneira era estrategicamente importante e muito disputada. Em tempos de guerra, porque em tempos de paz a população trocava a segurança da cidade muralhada por lugares de mais fácil acesso e com água potável, comodidades que a vila na altura não oferecia.

Hoje, tirando a azáfama dos fins de semana e dias festivos, é um lugar onde o tempo passa muito devagar e nos convida a ficar. A preocupação com o urbanismo é evidente e saúda-se, seja nas calçadas originais de xisto, ou na proibição da circulação automóvel durante o dia, ou ainda mesmo o cuidado em não deixar à vista qualquer cabo de electricidade ou de telecomunicações.

Este romantismo atraiu muitos, quase todos estrangeiros, que deixaram as suas vidas de sobrevivência urbana para se instalarem com as suas famílias no lugar de sonho pelo qual se apaixonaram. Isto traz modernidade à vila, com uma nova oferta de espaços comerciais disponíveis, mas estes novos habitantes trazem também uma grande preocupação ambiental e de conservação do património edificado, como facilmente se percebe ao fim de poucos minutos de conversa.

Junte-se a isto a nova oferta turística e de lazer que o Alqueva proporciona, a proximidade com a Rota do Vinho do Alentejo e a riqueza da gastronomia tradicional, para estarmos perante um destino lógico, que inexplicavelmente nunca tinha visitado.

Nota: Apesar de não ter fotos, comi muito bem em dois lugares de cozinha tradicional, que não podia deixar de sugerir. Lugares sem pretensões, de gente simples e de preços sensatos, com comida de muito boa qualidade. A Taverna Os Templários (Chambão à Chefe, de comer de joelhos) e o Restaurante Lumumba (de onde se sai viciado nos sabores de um genuíno Bolo Rançoso) são apostas seguras.

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