A Empada de Pato da Enoteca

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Cada visita com a #provados7 à Enoteca é sempre um momento, não só de provar grandes vinhos, mas também de fazer refeições à sua altura. O Chef Ricardo Gonçalves continua em grande forma, dentro do seu estilo habitual e sempre com a sensibilidade, nada fácil, de praticar uma cozinha que não se sobreponha aos vinhos que estão na mesa. Por esse motivo, o picante, o sal, a acidez, ou ingredientes de sabores muito fortes e intrusivos são utilizados com grande cuidado e mestria, para que não sejam os vinhos a sofrer com isso.

Desta vez com o tema da prova a viajar pelos vinhos dos anos 90, por entre brancos e tintos, o Ricardo Gonçalves preparou mais uma vez um menu de cinco pratos de grande qualidade que nos deixou a todos felizes e contentes.

Brilhou uma Empada de Pato, que na sua forma singela assim que deixou sentir os aromas que trazia no interior nos arrebatou a todos. Os rosados pedaços de pato desfiado combinavam na perfeição com a frescura de umas rodelas de cenoura al dente e com uns geniais e crocantes pedaços de torresmo feitos com a pele do pato, que traziam o sal e a vida a um conjunto húmido e delicioso. Um prato de época fria mas que não é pesado, um momento saboroso e reconfortante numa chuvosa noite de Inverno.

Teve a acompanhá-lo três grandes tintos. O Terras de Tavares de 1999 (16,5, todos provados às cegas), o Dão irreverente pela mão de João Tavares de Pina, que está um assomo de delicadeza e frescura. O JMF Garrafeira RA 1994 (17,5), ainda com aromas frutados, cheio de vida, num  conjunto pleno de equilíbrio e grande comprimento. E para fechar com chave de ouro, o Quinta do Canto Dores Simões 1995 (17), a beleza dos aromas terciários de um vinho com alguma idade, onde a Baga sobressai num conjunto fino e elegante, com uma boca deliciosa e de grande classe. Gigantes.

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