Capa Negra II (Porto)

Recentemente um inesperado afazer familiar levou-me a uma visita relâmpago à Invicta. Foi pior que visita de médico, foi tocar e fugir.
Desta vez não houve tempo para me perder com as novidades nas Galerias ou na Bombarda, nem para desfrutar a tranquilidade de beber um Porto Tonic no Cais de Gaia, com os Rabelos pela frente e o Porto em fundo. Vá lá que me consegui safar com uma Francesinha, já não foi nada mau. E como estas têm um sabor diferente no Porto.
Ainda com a fasquia nos píncaros e as boas recordações do Bufete Fase que dei conta  aqui, a escolha desta vez recaiu no Capa Negra, lugar de culto, que ja não visitava há alguns anos mas que constatei estar igual a si próprio.
Desta vez os maravilhosos pasteis de carne, de fritura no momento, que chegam à mesa com o aviso de “cuidado, estão quentes” tiveram de ser pedidos, mas não se fizeram rogados, trouxeram-nos aquele início de refeição clássico nesta casa.
Logo de seguida, sem pedir licença, chegam as imperiais os finos, e finalmente aqueles cintilantes pedaços de gula, as estrelas da companhia, as famosas Francesinhas.
Há quem diga que já não são a mesma coisa, que o molho já não é o mesmo, que agora até se consegue cheirar o “industrial” da coisa, mas para ser honesto não achei grande variação da última que comi. Estava deliciosa como sempre, com bons produtos, o bife estava tenro e suculento, e o molho mantém aquele travo final picante, nada exagerado, que caracteriza as Francesinhas do Capa Negra.
O serviço é que me pareceu já ter melhores dias, lento e atabalhoado, em contraste ao que estava habituado. Talvez um dia mais confuso.
De resto vi sair uns bem parecidos pratos de Bacalhau e de Cozido à Portuguesa para as mesas ao lado, algo que nunca provei, apesar do bom aspecto. Talvez um dia venha aqui comer algo que não seja a Francesinha, que continua muito recomendável, e das que conheço, uma das melhores do Porto.
Entretanto têm-me chegado aos ouvidos ecos de outros locais que reclamam o estatuto de grandes nas Francesinhas, falam-me do Tappas Caffe 2, na Praia da Madalena, em Vila Nova de Gaia e do Café Santiago, no centro do Porto. Ficam ambos debaixo de olho para futuras idas à cidade.
Telefone, 22 607 8383
Aberto todos os dias das 12:00 às 02:00
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