Edimburgo

Panoramica da cidade a partir do Calton Hill, com Leith ao fundo e o Firth of Forth no horizonte.
E do lado oposto, a vista para a Old Town, com o castelo ao fundo.
Ainda a partir do Calton Hill, a vista para o Arthur’s Seat.
Bring Your Own Bottle para acompanhar um menu de cozinha britânica com um twist mediterrânico, no encantador The Walnut, localizado na cada vez mais gentrificada Leith Walk, a meio caminho entre o Bairro de Leith e a Old Town.
A cultura de Pub continua muito presente no quotidiano dos escoceses e o final do dia é sempre um bom momento para beber umas cervejas com os colegas e amigos. O The Joker and the Thief é um pub de locais, onde os turistas são pouco vistos, com uma boa selecção de cervejas artesanais e uma atmosfera acolhedora e tranquila.
Apesar do Scotch Whisky ser historicamente a bebida nacional, a cerveja é aquela que mais vezes aparece às mesas e nos copos dos escoceses. Em Edimburgo existe uma enorme oferta de cervejas artesanais, muitas delas produzidas em pequenas cervejeiras de bairro de onde nascem grandes tesouros. Durante esta viagem tive a oportunidade de beber difrentes estilos de diferentes breweries e de facto estamos na presença de cervejas de grande qualidade. A Leith Juice, da Campervan é apenas uma delas. Pode encontrar-se em algumas lojas de bebidas ou, pela zona de Leith, na Campervan Tap Room.
Não estava à espera de encontrar uma cena de vinho tão dinâmica na capital escocesa. Para um país não produtor encontrei imensos lugares onde comprar e beber vinho. Na restauração as pessoas bebem vinho, seja escolhido da carta dos restaurantes ou trazidos pelos próprios, pois existe uma grande cultura de BYOB. Um bom exemplo para a nossa restauração seguir. O Cornelius Beer & Wine é uma garrafeira independente, ao estilo dos melhores cavistes de Paris, com uma selecção diversa e original de vinhos de todo o mundo, incluindo muitos portugueses. A oferta de cervejas tambem é fortíssima e fazem deste um lugar incontornavel para os winelovers numa visita a Edimburgo.
A The Queen´s Gallery e o Palácio Real Holyroodhouse são duas das maiores atracções da cidade. É aqui, bem de frente para o novo parlamento, que tem início a icónica Royal Mile.

O novo Parlamento, inaugurado em 2004, é uma peça notavel de arquitectura contemporanea do espanhol Enric Miralles, que merece uma visita. Todo o projecto foi muito contestado na sua fase de construção, seja pelo exagerado orçamento, pelas derrapagens dos prazos, ou mesmo pela escolha da localização, pois para muitos escoceses o facto de ter sido construído em frente ao Palácio Real foi uma pequena provocação do poder democrático sobre a monarquia. Passadas todas as polémicas, hoje é um edifício consolidado na zona histórica de Edimburgo e ja foi totalmente aceite pelos habitantes da cidade, que se orgulham do seu parlamento.
A meio da Royal Mile encontramos a histórica St Giles Cathedral
À saída da Catedral, já na Royal Mile, pode ver-se o mosaico do Heart of Midlothian que marca o lugar onde outrora existia o importante Old Tolbooth. Um edifício que serviu vários propósitos, entre eles o Parlamento da Escócia e que ficou marcado na história da cidade por ser o lugar onde ocorriam as torturas e execuções públicas. Tornou-se no orgulhoso símbolo do Hearts, o mais antigo clube de futebol da cidade.
Património Mundial da Humanidade, a Royal Mile é o coração de Edimburgo. É aqui que se sente o pulsar da cidade como em nenhum outro lugar. Calcorrear aquela rua (cerca de uma milha) do Palácio Real até ao Castelo é fazer o caminho de reis e rainhas ao longo dos últimos 500 anos. Hoje é um lugar incontornável da Old Town, com todas as atracções que detém no seu percurso.
É na Old Town, como é conhecida a parte mais antiga da cidade, com as suas passagens (estreitas ruelas medievais), que se consegue captar todo o charme da herança medieval de Edimburgo. Aquelas ruas estreitas e escuras transportam-nos para um imaginário de filmes fantásticos onde Harry Potter pode aparecer a cada esquina (foi por aqui que J. K. Rowling se inspirou para o maior sucesso da sua carreira). Absolutamente obrigatório deixarmo-nos perder por esta zona da cidade.
O nosso anfitrião Patrick Breaden. Também conhecido por Conde de Edimburgo, é um profundo conhecedor da história da Escócia e um grande apaixonado por futebol e cervejas artesanais. De uma energia contagiante, tem sempre uma pequena história para contar ou uma nova cerveja para beber. O melhor guia da Escócia (e não só) que se pode desejar.
Nenhuma visita à cidade fica completa sem uma visita ao Castelo de Edimburgo. A atração turística mais visitada da Escócia continua imponente no topo do Castle Rock, onde é visitada anualmente por cerca de um milhão de pessoas. Aqui travaram-se ao longo dos séculos algumas das batalhas mais sangrentas da história da Escócia e também por isso é um lugar indispensável para conhecer a história do país.
A partir do castelo, uma perspectiva da cidade antiga, com o Arthur’s Seat ao fundo.
Contornando o castelo pela sua esquerda, primeiro através da Johnstone Terrace e depois pela King´s Stables Road, vamos dar ao Princes Street Gardens, um jardim publico muito procurado nos dias de sol. É comum ver-se os habitantes da cidade fazerem uma pequena paragem para comer uma sandes durante o período de almoço. Ao cimo do parque, a Princess Street serve de fronteira entre a Old Town e a a Cidade Nova.
A New Town “só” tem três séculos de existência e ainda hoje é considerada um exemplo de planeamento urbanístico. A arquitectura georgiana, com o seu estilo neo clássico, concederia à época uma nova face à cidade.
É aqui que vamos encontrar um dos bairros emergentes e mais na moda da cidade, Stockbridge. Com as suas modernas lojas, restaurantes e bares, que convivem pacificamente com os negócios mais tradicionais (um pouco ao estilo do lisboeta Principe Real), é um dos bairros mais vibrantes e populares do momento. O Pub The Stockbridge é um clássico intemporal do bairro.
Existem várias lojas em Stockbridge que são verdadeiras referências do comércio tradicional da cidade. A G. Armstrong, com os seus peixes e mariscos frescos e o seu muito aclamado salmão fumado é decididamente uma delas.
Numa das mais movimentadas ruas de Stockbridge encontramos o restaurante The Scran & Scallie, do aclamado chef escocês Tom Kitchin. Outra referência do Bairro de Stockbridge.
O Smith & Gertrude  é um premiado wine bar no coração de Stockbridge. A decoração moderna e sofisticada atrai um público mais hipster, atraído por uma boa selecção de vinhos e queijos.
Por falar em queijos… A Mellis Cheesemongers, ainda em Stockbridge, é um lugar de pecado e um paraíso para quem gosta de queijos.
O Dreadnought, em Leith, o bairro costeiro que rivaliza com Stockbridge pelo galardão do mais vibrante de Edimburgo, é o pub do momento na capital escocesa. Com uma programação própria, de dj sets a jogos de quizz, e uma selecção fortíssima de cervejas no tap, que vão ajudando a hidratar os muitos visitantes que aqui acorrem para passar um animado serão, o Dreadnought é desde 2016 uma referência na cidade. A cultura pet friendly do lugar é levada a sério e é comum ver-se os clientes a chegar com os seus amigos de quatro patas. Tudo ordeiro e de forma muito natural, a mostrar que este é um assunto tabu apenas no terceiro mundo.
The full scottish breakfast. Os hábitos alimentares dos escoceses são um pouco diferentes dos nossos e o pequeno almoço, pricipalmente para as pessoas que têm trabalhos mais pesados, são de extrema importância. O bacon , os ovos, o feijão, os cogumelos, os enchidos, entre outros, dão lugar a uma primeira refeição que quase dispensa o almoço. Hoje, por tradição, em algumas casas ainda se fazem estes pequenos almoços em dias especiais.
A frente marítima de Edimburgo, com a incontronável Praia de Portobello, é o lugar favorito para as caminhadas ao final do dia ou ao fim de semana. No verão é a praia da cidade e, mesmo no inverno, não é incomum ver-se algum corajoso a dar umas braçadas nas águas geladas do Forth.
Sábado é o dia religiosamente reservado para o futebol, não tivessemos na Grâ Bretanha onde o jogo é desporto nacional. A paixão dos escoceses pelo futebol não tem limites e apesar do grande fervor com que apoiam os seus clubes, é a seguir a sua selecção, que está à frente de qualquer clubismo, que o Tartan Army deixa a sua marca pela Europa. Na foto, o Ayr United x Dundee United, numa esplendorosa tarde de sol na costeira Ayr.
O Museu Nacional da Escócia é outro local de visita obrigatória numa visita à cidade. Neste local é possível fazer uma viagem de dois mil anos pela história da Escócia, desde os primeiros habitantes do reino verde até aos dias de hoje. Por entre muitos pontos de interesse, um dos maiores é a réplica do sarcófago de mármore debaixo do qual foi sepultada Maria Stuart, a Rainha dos Escoceses. Se bem que a Ovelha Dolly também atrai muitos curiosos.
A Old Town a partir do terraço do National Museum of Scotland.
Cozinha tradicional escocesa…
…acompanha por vinhos portugueses, trazidos da visita à Cornelius.
A ponte mais segura do mundo. Em South Queensferry, na zona costeira de Edimburgo, a pitoresca vila de Queensferry, virada ao Forth, tem na sua história um acontecimento terrível, a queda da antiga ponte no Natal de 1879. Os fortes ventos do Forth foram implacáveis com a antiga ponte, então a actual ponte teria de ser a mais segura do mundo.
A zona costeira de Edimburgo, de Queensferry a Portobello, é um caminho de vilas e bairros costeiros onde ainda hoje o Mar do Norte dita a sua lei.
Os The Kelpies e o parque onde estão inseridos, são uma das atracções do countryside de Edimburgo.
A nossa visita termina com uma refeição na pacata vila de Kippen, que faz parte do roteiro de muitos viajantes fundamentalmente por culpa do The Cross Keys . Com três séculos (!) de existência é um dos mais famosos gastro pubs de toda a Escócia.
E não se esqueçam, look right…
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