Leiras Mancas Branco 2003

Depois de uns dias de férias na Ilha da Madeira, sobre os quais escreverei em breve, regressei às refeições caseiras e com elas a ocasião para abrir mais um vinho que descansava na garrafeira. O jantar tinha sido preparado “à pressão” e constava de um queijo fresco com pão de beterraba (excelente o pão, comprado numa banca do Lx Rural), guacamole, para aproveitar o abacate esquecido no frigorífico e meia dúzia de chamuças de frango compradas a um moçambicano – filho de indiano – que explora a mercearia da esquina (muito boas, porque já gastei o excelente umas linhas atrás). Perante toda esta paleta de sabores e principalmente para lidar com os sabores fortes das chamuças pensei num branco evoluído mas que ainda desse bem conta do recado. Depois de uma breve passagem de olhos pelas possibilidades a escolha recaiu num Vinho Verde de 2003, o Leiras Mancas, que já conhecia e inclusive já falei dele aqui.

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E a verdade é que sobre o vinho não tenho muito mais a acrescentar, apenas o trago de novo à baila porque merece ficar registado que não foi uma sorte com a garrafa anterior, o vinho está de facto óptimo e até deu uma prova melhor que a anterior. De lamentar apenas o facto de já só ter mais uma garrafa. É sobejamente conhecida a capacidade de envelhecimento dos brancos deste produtor e agora ficamos também a saber que essa faculdade estende-se a esta gama de entrada, pouco conhecida por sinal. Não sei onde possam encontrar este vinho mas se gostam de vinhos velhos (e só se gostam de vinhos velhos) e se se cruzarem com ele não hesitem, ainda dá imenso prazer à mesa. Está bem vivo, tem um aroma evoluído (a mel e fruta branca e notas apetroladas) e uma boca equilibrada e fresca, com capacidade ainda para lidar da melhor maneira com todos os sabores, mais subtis ou afirmativos, que lhe surgiram pela frente (16).

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