Salada de Peito de Pato com Legumes e Molho Oriental

Foi dia de limpar o frigorífico.

Um peito de pato que andava pelo congelador há semanas. Espargos, Ervilhas Tortas e Espinafres que caminhavam para o abismo nas gavetas do fundo. E o resto de um frasco de cogumelos shitake comprado no Minipreço Market, marca Dia Delicious, que não sendo uma especialidade não são nada maus tendo em conta o contexto (gastro chatos à parte, entenda-se). Tudo adornado com um molho de laranja e limão, malaguetas, molho de peixe e gengibre ralado.

Parece complicado mas não é…

O peito de pato, depois de descongelado, levou o devido corte no lado da pele e repousou durante cerca de uma hora numa marinada de molho teriyake, sal e pimenta preta moída. Foi à chapa, primeiro pelo lado da pele e depois, só para caramelizar, do outro lado. De seguida, depois de um breve descanso, foi fatiado. Sal, zero.

Os espinafres foram a saltear num fio de azeite com um alho picado e, assim que começaram a mirrar (cerca de 1 minuto) juntam-se os cogumelos (que eram de conserva, convém lembrar, senão teriam de ser salteados à parte). Sal, igualmente zero.

Entretanto os espargos, com um fio mínimo de azeite, vão a saltear e levam umas, poucas, sementes de sésamo até caramelizarem. Tudo muito breve. Os espargos devem ficar “al dente”. Sal, ainda zero.

Para terminar, as ervilhas vão a escaldar durante minuto e meio. Nada de sal.

Numa travessa, arma-se o arraial. Os espargos inteiros, confortados pelos espinafres e os cogumelos, depois as ervilhas tortas e por último as fatias do pato. Cobre-se com o molho e, para mandar cenário “à chef”, umas folhas de coentros (inteiras, sem talos). E só agora, apenas para quem sinta falta, uma pitada de (boa) flor de sal.

Por fim o frigorífico está limpo e temos uma refeição deliciosa e nutritiva na mesa.

Para empurrar, se forem wine geeks, vão procurar aquele riesling-seco-que-tem-sempre-aquela-doçura-residual-que-vai-piscar-o-olho-ao-picante-do-molho ou, em alternativa, aquele alvarinho com algum estágio mas que continua com aquele nervo à Ruben Dias.

Se forem um comum dos mortais, podem ir às prateleiras mais baixas do supermercado e pegar num branco do ano, aromático, fresco e envolvente, como o Monte Velho ’17 por exemplo. Sempre branco, deixem lá os tintos para outros carnavais.

Bom apetite!

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